Liderança feminina: uma grande potência no mercado.

A liderança feminina tornou-se de grande valia para que as mulheres possam ter sustentabilidade no mercado, ser independentes e protagonistas de suas próprias vidas.

Algumas pesquisas recentes da Harvard Business Review mostram que as mulheres foram classificadas como excelentes em tomar iniciativa, agir com resiliência, praticar o autodesenvolvimento, impulsionar os resultados e demonstrar alta integridade e honestidade.

De fato, elas foram consideradas mais eficazes em 84% das competências, segundo fonte abaixo, que são medidas com mais frequência. Os homens foram classificados como sendo melhores em duas capacidades: “desenvolvendo perspectiva estratégica” e “competência técnica ou profissional”.

Capacidade Percentual feminino Percentual masculino
Toma iniciativa 55.6 48.2
Resiliência 54.7 49.3
Práticas de autodesenvolvimento 54.8 49.6
Movimenta-se para resultados 53.9 48.8
Exibe alta integridade e honestidade 54.0 49.
Desenvolve pessoas 54.1 49.8
Inspira e motiva os outros 53.9 49.7
Liderança ousada 53.2 49.8
Constrói relacionamentos 53.2 49.9
Mudança de líderes 53.1 49.8
Estabelece grandes metas 52.6 49.7
Colaboração e trabalho em equipe 52.6 50.2
Conecta-se ao mundo exterior 51.6 50.3
Comunica-se poderosamente 51.8 50.7
Resolve problemas e analisa problemas 51.5 50.4
Velocidade de liderança 51.5 50.5
Inova 51.4 51
Conhecimento técnico 50.1 51.1
Desenvolve perspectiva estratégica 50.1 51.4

Fonte: Zenger Folkman 2019

Também, segundo estudo do Sebrae, nos últimos anos a proporção de mulheres empreendedoras no Brasil que são “chefes de família” passou de 38% para 45%. Compreende-se então, que a atividade empreendedora passou a colocar as donas de negócio na principal posição dentro de casa, superando o percentual de mulheres na condição de cônjuge. Ou seja, quando a principal fonte de renda provém do marido.

Ainda segundo o relatório, essas mulheres empreendem como alternativa de outra fonte de renda e para criar a independência financeira. Apesar de todo o protagonismo e de terem uma escolaridade 16% superior à dos homens, elas ainda ganham 22% a menos que o sexo masculino. Portanto, mesmo que com o claro progresso no protagonismo feminino, o cenário de reconhecimento desse gênero depende de uma grande jornada. Segundo um texto publicado pelo Gestão 4.0, uma jornada de amadurecimento para que seja atingida a igualdade e diversidade dentro das empresas.

A problemática por detrás do preconceito 

Foi observado a partir da conclusão dos estudos de Harvard, quanto à competência da liderança feminina, que as mulheres em altas posições são percebidas como tão – senão mais – competentes quanto suas contrapartes masculinas.

Porém, ao colocar essa conclusão em números, a pesquisa apresentada em janeiro de 2020 pela Catalyst, revela dados decepcionantes: apenas 4,9% da Fortune 500 CEOs são mulheres, e isso se expande globalmente. Assim, é possível observar o panorama por uma visão mais histórica.

Amplos preconceitos culturais têm existido durante séculos contra as mulheres e os estereótipos que vem se perpetuando. Como visto nesta pesquisa, há muito tempo as pessoas têm acreditado que as mulheres não desejam os cargos mais altos da organização e, por isso, se retiram dessa disputa.

É este preconceito inconsciente que coloca um papel significativo nas decisões de contratação e promoção, o que também contribui para o menor número de mulheres em grandes cargos.

A confiança é a chave

A coleta de dados da Harvard apresentada nesse artigo, tem ocorrido desde 2016 (de 3.876 homens e 4.779 mulheres até agora) e revela os níveis de confiança que os líderes têm em si mesmos ao longo de suas carreiras.

Quando comparamos os índices de confiança de homens e mulheres, há uma grande diferença naqueles com menos de 25 anos. É altamente provável que essas mulheres sejam muito mais competentes do que pensam ser, enquanto os líderes masculinos são muito mais confiantes e assumem que são mais competentes do que realmente são.

Estes dados atuais apresentados aqui pela pesquisa de Harvard trazem evidências ainda mais convincentes de que este viés é incorreto e injustificado. As mulheres são percebidas por seus gerentes – particularmente seus gerentes masculinos – como sendo mais eficazes do que os homens em todos os níveis hierárquicos e em praticamente todas as áreas funcionais da organização. Isso inclui os tradicionais locais masculinos, como o TI.

A mulher no mercado da tecnologia

A presença das mulheres no mercado da tecnologia vem tomando força, mas ainda existe preconceitos em relação a atuação delas nesse ramo. Uma pesquisa da Women in Tech, do Reino Unido, indica que apenas um em cada seis especialistas em tecnologia no País são mulheres e uma em cada dez está em cargos de liderança em TI. E segundo a mesma pesquisa, indica que a economia do país poderia se beneficiar se mais mulheres trabalhassem no setor de TI, por apresentarem melhores habilidades de comunicação e ideias mais inovadoras.

Aqui na Select, o time de mulheres, principalmente na liderança, vem crescendo aos poucos. Dar espaço a profissionais brilhantes e que apresentam forte talento para alcançar novos caminhos e evoluir sua trajetória dentro do mercado de tecnologia é um ganho para elas, e para nós como empresa.